Turismo entre as prioridades na agenda da diversificação da economia: PR exorta conjugação de esforços entre Angola e o Botswana

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O Presidente da República, João Lourenço, destacou, nesta sexta-feira, 21 de Julho em Gaberone, a importante necessidade de um trabalho conjugado entre Angola e o Botswana para a construção rumo ao desenvolvimento socioeconômico dos dois Estados.

Por: Marta Antônio

O estadista angolano lançou o apelo durante o jantar oficial oferecido pelo seu homólogo Mokgweetsi Masisi, no quadro da visita de Estado, João Lourenço apontou as áreas de interesse comum, nomeadamente a agropecuária, energia e águas, indústria e comércio, hotelaria e turismo, geologia e minas, petróleos, preservação da natureza, formação técnico profissional e científica, entre outros.

“Durante o dia de hoje, passamos em revista questões ligadas aos diversos domínios da nossa cooperação, onde ficou patente a necessidade de redobrarmos esforços no sentido de serem criados mecanismos que nos permitam, numa primeira fase, concentrarmos a nossa acção e os nossos esforços nos sectores onde cada um de nós é mais forte, de modo a conseguirmos uma verdadeira complementaridade entre os nossos mercados e a necessária redução da dependência em relação a mercados que agregam menos valores e vantagens competitivas”, assegurou João Lourenço.

João Lourenço apontou o facto de Angola ter definido o turismo como um sector prioritário na sua estratégia de diversificação da economia, uma pretensão passa necessariamente pelo aproveitamento das potencialidades turísticas da região angolana do Okavango, que é parte integrante da iniciativa regional da Área Transfronteiriça de Conservação Okavango Zambeze, integrada por Angola, Botswana, Namíbia, Zâmbia e Zimbabwe.

“Este projecto transnacional constitui um grande exemplo de cooperação multilateral para a preservação dos recursos faunísticos partilhados, onde se destaca o elefante, que atravessam a nossa fronteira comum ao longo do corredor migratório de vida selvagem do Cuando”, frisou o Estadista.

Apesar de Angola ainda não ter ractificado o Tratado do KAZA, João Lourenço adiantou que internamente se está a trabalhar na componente angolana do Okavango, tendo sido criado um grupo multissectorial para análise e inventariação dos recursos faunísticos e fundiários, para se ultrapassar todos os constrangimentos que condicionavam a plena participação nesta iniciativa.

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