Práticas de feiticismo domina o futebol de rua

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É de longe um dos nomes mais sonantes no actual contexto do Futebol comunitário, apesar de ser uma prática remota. Há várias denominações, mas a que se tornou mais comum é “mbiembiembié”.Nalgumas vezes, os jogadores atiçam a chama da ” inocência” dos presidentes, mas noutras, acontece de forma inversa.

TEXTO: Flávio da Costa

Foi na manhã de hoje, 2, Janeiro dia de ressaca da passagem de ano, que o jornalista autor desta peça, através de uma sucinta e minuciosa entrevista, ouviu as declarações de Pedro da Fonseca, patrono do clube de Futebol Misto do Bangão, que se abriu aos microfones da Futéco revelando que o seu clube jamais enveredou para a prática do ocultismo e que entra sempre com a fé de Deus nas competições em que participa.

“Nunca! E até os meus jogadores já sabem que eu detesto isso! Para mim, apesar de ser uma actividade de jogatina, por envolver apostas de dinheiro, ainda assim, eu prefiro competir sem envolver forças ocultas, tudo para a “saúde” do Futebol e dos jogadores, no geral”.

O também representante de um dos órgãos do Ministério do Interior, que se mostra ser um autêntico e exímio homem do desporto, afirmou também que hoje em dia há uma certa liberdade por parte de alguns presidentes que insistem em motivar a prática do feiticismo no Futebol de rua, e por esse motivo, não recebe qualquer jogador na sua agremiação, principalmente, os mais conhecidos praticantes da matéria.

“Alguns presidentes ficam tão sedentos em buscar feitiço pra ganhar em campeonatos, que chegam a cegar a visão dos seus atletas e prejudicá-los, ao mesmo tempo. Por esse factor é que eu não mantenho na minha equipa jogadores que vêm trazer-me propostas de senhores que trabalham jogos, ou lavagens de equipamentos. É logo afastado. Mas antes, eu provo a eles que a solução não está em você quase ‘vender a tua alma’, a solução é você acreditar que podes vencer, de forma 100% natural”.

No final, o comummente conhecido como “Bangão”, apelou aos intervenientes directos desta magnífica modalidade desportiva a evidarem esforços para reduzir ou, quiçá, erradicar esta acção que pode causar danos irreversíveis a muita gente.

“Eu sei de alguns presidentes que também compactuam com o meu pensamento e atitude. O motivo destas práticas não pode ser o dinheiro dos troféus, pois nós chegamos a gastar mais, portanto, alguns fazem mesmo por vontade e uns por gosto”.

“Com o meu clube, Misto do Bangão, eu participei em dois campeonatos e foram todos de forma honesta. E admito que perdi de forma honesta. Mas hoje vejo coisas que me fazem crê que realmente essas práticas existem dentro do Futebol de rua. Portanto, sempre que competimos, antes do jogo começar, fazemos sempre uma oração. E a minha equipa não é fácil de ser enfrentada, apesar de não termos ainda prémios na nossa galeria.

Contudo, eu digo que ainda vamos a tempo de eliminarmos essa prática que, de certo modo, não nos vai fazer bem, porque pode trazer consequências sem solução”.

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