O gabinete provincial da Agricultura supervisiona, desde Fevereiro deste ano, a colheita manual e faseada de arroz semeado desde Novembro de 2023, numa área estimada de 45 hectares, situada a dois quilómetros da sede comunal de Mona Quimbundo, município de Saurimo, província da Lunda Sul.
Segundo o director provincial Nelson Senguetali, uma equipa de 50 profissionais realiza o trabalho, atenta às queimadas anárquicas que despontam nas redondezas, afim de salvaguardar a expectável colheita geral de 200 toneladas, no mínimo.
Prudente em relação às estimativas nas zonas tradicionais de cultivo do cereal no interior do município de Muconda, Senguetali confia “na força e vontade dos produtores” para a província conquistar um espaço de referência obrigatória, no contexto da produção de grãos no país.
No histórico da produção de arroz em Angola, a comuna de Mona ocupa um lugar de prestigio nas estatísticas do tempo colonial. A abundância de chanas húmidas, reflexo de cursos de águas nas imediações, aliado ao seu micro clima,são factores que favorecem a adaptação da maioria das culturas.
Atentos a “este bónus da natureza,” os colonizadores introduziram no sistema de produção seguido pelas famílias, o cultivo de arroz, “consumido por simpatia,” pelos nativos, numa estratégia do regime garantir suporte para a dieta alimentar dos europeus.
O ano agrícola em curso, segundo o gestor, engajou mais de 50 mil e 900 famílias camponesas, que cultivaram uma área de 82 mil e 371 hectares, nos quatro municípios da província.
Para garantir a execução exitosa da empreitada, o governo e parceiros disponibilizaram sementes, e dos adubos e fertilizantes distribuídos despontam 144 toneladas de Sulfato de Amónio.
Para melhorar o sistema de controlo, equipas técnicas do sector trabalham num processo de catalogação de zonas de cultivo na província, que conta com 48 cooperativas e mais de 416 associações de camponeses.