Mais de 330 mil milhões de kwanzas para apoiar produtores de alimentos

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O Executivo tem disponíveis 330 mil milhões de kwanzas para emissão de garantias soberanas para produtores de alimentos. O anúncio foi feito, sábado, no Cuito, pelo ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, sublinhando que a verba está inscrita no Orçamento Geral do Estado deste ano, em execução desde o dia 2.

O ministro de Estado, que está no Bié a visitar projectos agrícolas, revelou que o Executivo vai firmar parcerias com o sector privado para recuperar infra-estruturas públicas. Em contrapartida, o Estado vai conceder benefícios fiscais e outras facilidades que permitam aumentar a produção, criar mais empregos e alavancar a economia nacional.

Apoio aos projectos das FAA

O ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, reiterou, no município de Catabola, mais apoios aos projectos desenvolvidos pelas Forças Armadas Angolanas (FAA) na província do Bié, com vista a tornarem-se autossuficientes e contribuírem na diversificação da economia nacional.

Falando à imprensa, após visitar os activos económicos do Instituto de Segurança Social das Forças Armadas Angolanas (ISSFAA), José de Lima Massano considerou de grande valia a Fazenda Agro-industrial de Camacupa, a Cerâmica Prémio da Paz, o Centro de Produção de Mudas, bem como os polígonos florestais de Belchior e Ganga.

José de Lima Massano sublinhou que estes projectos permitem atender às necessidades dos cidadãos.

O ministro de Estado acrescentou que os apoios que o Executivo tem vindo a dar às Forças Armadas Angolanas têm a ver com a assistência técnica e metodológica, através do Ministério da Agricultura e Florestas, uma aposta que será contínua para atingir os objectivos preconizados.

Relativamente à Fazenda Agroindustrial de Camacupa, José de Lima Massano avançou que a mesma possui uma capacidade para atender, igualmente, a Polícia Nacional, através do entendimento que se firmou, enquanto o excedente deverá estar disponibilizado ao mercado nacional.

O governante considerou, por outro lado, satisfatório o envolvimento de famílias camponesas ao redor da fazenda na execução do projecto, maximizando assim a oferta de empregos e de conhecimentos relativos ao sector da Agricultura e não só.

Outrossim, mostrou-se satisfeito com a capacidade que a Cerâmica Prémio da Paz deverá colocar à disposição dos cidadãos já este ano, bem como a contratação que efectuou de mais postos de emprego, visando o bem-estar das famílias.

Quanto ao Centro de Produção de Mudas, o ministro de Estado adiantou que o mesmo coloca o país num patamar acima da média africana, pelo elevado grau de implementação da investigação científica, na medida em que deverá ser fundamental na Região Austral do continente, à semelhança da África do Sul e Zâmbia.

Durante a sua permanência de algumas horas no Bié, José de Lima Massano, em companhia dos ministros da Defesa Nacional, Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, João Ernesto dos Santos “Liberdade”, da Agricultura e Florestas, Francisco de Assis, e do governador local, Pereira Alfredo, visitou as fazendas agroindustriais de Camacupa e Arrozal.

O Centro de Produção de Mudas está localizado na comuna de Chipeta, município de Catabola.

A Cerâmica Prémio da Paz, afecta às Forças Armadas Angolanas (FAA), também localizada na comuna da Chipeta, 25 quilómetros a Leste do Cuito, prepara-se para produzir trinta mil tijolos por dia, o que vai permitir exportar para as Repúblicas da Zâmbia e do Congo Democrático, já a partir deste ano.

Já a nível nacional, perspectiva-se a comercialização nas províncias do Huambo, Moxico e Cuando Cubango.

Para o efeito, conta desde 2018 com duas linhas de produção em grande escala, sendo uma para o fabrico de tijolos e outra para telhas, abobadilhas, pratos e chávenas, onde se prevê uma produção diária de cinco mil unidades de cada produto.

Neste momento, por exemplo, já arrancaram os primeiros testes, cujos resultados são satisfatórios, que apontam para uma produção diária de cinco mil tijolos, capacidade inicialmente prevista, aquando da sua criação, em 2011.

Nesta primeira fase, os trabalhos são assegurados por 76 operários, sendo 19 contratados e dois técnicos expatriados.O plano de exportação do material será, fundamentalmente, para a Zâmbia e o Congo Democrático, através do Caminho-de-Ferro de Benguela (CFB).

O plano de exportação do material será, fundamentalmente, para a Zâmbia e o Congo Democrático, através do Caminho-de-Ferro de Benguela (CFB).Este empreendimento funcionou em regime experimental entre 2011 e 2013.

Já a fazenda Agroindustrial de Camacupa ocupa uma extensão de 10 mil hectares e nas últimas épocas agrícolas tem estado a produzir apenas em três mil hectares.

O empreendimento tem merecido atenção especial do Executivo nos últimos anos, com a finalidade de produzir o suficiente, tendo em conta a sua dimensão, especialmente para ajudar a reduzir as importações de produtos como milho, arroz, feijão, soja e outros bens alimentares.

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