Há 33 anos, Angola e o mundo testemunharam com esperança os Acordos de Bicesse- Higino Carneiro

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Há 33 anos, Angola e o mundo testemunharam com esperança os Acordos de Bicesse, que permitiram a consecução da Paz, considerados a base da nossa democracia, abrindo caminho para as primeiras Eleições Gerais.

As novas e futuras gerações devem estar cientes de que foi na Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril (Portugal) que os Acordos de Bicesse foram negociados e rubricados pelas delegações do Governo e da UNITA, culminando em 31 de Maio de 1991, em Lisboa, com a assinatura dos Acordos de Paz entre o Governo angolano, liderado pelo então Presidente, José Eduardo dos Santos, e a UNITA, representada pelo seu Fundador, Jonas Malheiro Savimbi.

O regresso do Presidente José Eduardo dos Santos e de sua equipa a Luanda foi marcado por um dos dias mais importantes da história de Angola, com uma recepção triunfal no Largo da Independência, onde o Arquitecto da Paz acendeu o facho que simbolizava a paz perante uma multidão vinda de todos os cantos do país para acolher a delegação.

Nesta data, é justo destacar o trabalho realizado pelo Governo angolano e pela UNITA, enaltecendo todos os que participaram directa ou indirectamente nas acções que levaram à celebração dos mencionados acordos.

Bicesse permitiu a conquista da paz, instituindo a democracia que continuamos a construir, aprendendo a viver na diversidade de opiniões e na busca por uma sociedade cada vez mais próspera.

Bicesse representa um marco de unidade, coesão e genuíno sentimento de fraternidade que transcende as nossas diferenças ideológicas e políticas.Bicesse é um farol para as lideranças partidárias, ensinando-as a ceder quando o que está em causa é Angola.

Bicesse exige de todos nós trabalho árduo para erradicar a fome, continuar a recuperar infraestruturas que melhorem as vias de circulação para facilitar o tráfego urbano e de longo curso, saneamento básico e drenagem nas áreas urbanas, melhorar o sistema de saúde e educação, aprimorar o fornecimento de energia e água domiciliar, iluminação pública, construção de mais habitações, revitalizar a nossa indústria, a rede de transportes públicos, impulsionar a agricultura e atrair investidores para criar oportunidades de emprego para os nossos jovens através da elaboração de planos directores para todas as províncias, cidades e vilas.

Bicesse deve continuar a inspirar-nos enquanto angolanos, para que cada um perceba que devemos eleger o perdão e a justiça como virtudes primordiais para os desafios actuais e futuros do nosso país.

Que Deus continue a abençoar a nossa Pátria!

Vivam os Acordos de Bicesse!

Viva Angola e os Angolanos!

Higino Carneiro

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