Mais de 500 pessoas, provenientes das 18 províncias do país e algumas do exterior, participam, a partir de segunda-feira, em Luanda, no Fórum Nacional da Sociedade Civil, sob o tema “Angola nossa pátria, nossa terra”, para debater a participação da sociedade civil no desenvolvimento sustentável e integral de Angola.
A informação foi, ontem, avançada pelo vice-presidente da associação Movimento Nacional Angola Real (MONAAR), Mateus Sebastião.
O fórum, que encerra na terça-feira, vai apresentar as aspirações dos angolanos e as formas de interpretação e compreensão dos diversos fenómenos com que o país se confronta.
Mateus Sebastião disse estarem previstas abordagens sobre os diferentes momentos que marcaram a Luta de Libertação Nacional, os acordos de Mombassa, Gbadolite, Lumeje, Alvor, Bicesse, Lusaka, Namibe, Luena e o de Luanda, que culminaram com o alcance da Paz e Reconciliação Nacional a 4 de Abril de 2002.
Esta trajectória, disse, acompanhada de vários actores e gerações, produziu inúmeros factos e fenómenos que explicam as várias dinâmicas económicas, políticas, sociais e militares, que tiveram o seu impacto na realidade actual do país, e que do ponto de vista de informação poucas pessoas da nova geração dominam.
Do programa, o destaque vai para temas como “A contextualização do processo das lutas de Libertação Nacional (MPLA, UNITA e FNLA) e o alcance da Independência Nacional”, “Desenvolvimento de Angola”, “O papel do associativismo no actual contexto para o as liberdades fundamentais, direitos e garantias” e “Democracia”.
Digressão no interior
O secretário-geral do MONAAR, Evaristo Vany, explicou que logo a seguir aos dois dias de debates, os participantes, divididos em quatro grupos, vão realizar uma digressão pelo país, de 2 a 10 de Outubro, para constatar a evolução do país em diversos sectores. O primeiro grupo vai visitar Cabinda, Zaire, Uíge e Bengo, o segundo vai às províncias do Cuanza-Norte, Malanje, Lunda-Sul e Lunda-Norte.