Por: ESM – Edson de Sousa Manexi, JOVEM AO SERVIÇO DA NAÇÃO.
É inconcebível que, continuemos a depender da Holanda, Brasil e outros países, para que bebamos leite. O leite é essencial para nossa dieta, sobretudo para crianças em fase de crescimento e em idade pré-escolar. Também é essencial que o mesmo seja um elemento cotado da nossa cesta básica, e deixe de ser um alimento de luxo.
As vacas de raças leiteiras são classificadas em taurinas e zebuínas. As raças taurinas são provenientes da Europa, onde os animais são adaptados a um clima mais ameno, como a raça Holandês, Jersey e Pardo Suíço.
Enquanto as zebuínas são oriundas da Ásia, e toleram mais o clima quente, como a raça Gir, Guzerá e Sindi.Aqui próximo na África do Sul, temos vacas leiteiras que podem ser transportadas para o país no âmbito do PLANAPECUÁRIA.
Até onde sei, Sua Excelência, Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço, através do Plano Nacional de Fomento e Desenvolvimento da Pecuária (PLANAPECUÁRIA), autorizou para três anos, Trezentos Milhões de Dólares norte-americanos para o sector.
É inconcebível que, continuemos a depender da Holanda, Brasil e outros países, para que bebamos leite. O leite é essencial para nossa dieta, sobretudo para crianças em fase de crescimento e em idade pré-escolar. Também é essencial que o mesmo seja um elemento cotado da nossa cesta básica, e deixe de ser um alimento de luxo.
Às condições naturais para que tenhamos vacas leiteiras existem, é preciso que o Ministério da Agricultura assuma o risco de investir neste nicho do agronegócio, potencializando cooperativas, famílias, pequenos, médios e grandes empresários sem esquecer os agricultores individuais.
A Lactiangol é a maior fornecedora de produtos lácteos de Angola, detém o monopólio do mercado, mas socorre-se a importação para manter a hegemonia. É urgente que mudemos o paradigma sem que tenhamos medo de perder alguma coisa.
O leite é tido como um alimento de luxo num país onde temos milhares de hectares para pasto, e outras condições naturais para criação de animais, e uma população habilidosa no manejo de gado com particular referência ao sul de Angola. Se o Ministério da Agricultura apostar seriamente neste sector, sem qualquer dúvida estaria a acordar um gigante industrial adormecido que gera muitos empregos, pouparia muitas divisas e contribuiria mais para o alagamento da base tributária do Estado.
Estou a referir-me à produção de Manteiga, Queijo, Iogurte, Leite Condensado, Leite em Pó, Natas, Creme de Leite, Margarina, Gelados, Cream Cheese, produtos que são maioritariamente importados sobretudo por empresários estrangeiros em conivência com a Lactiangol.
Este apelo vai para Sua Excelência, Ministro da Agricultura, sem descurar o trabalho que tem feito até agora. Estamos cientes das dificuldades que existem para a implementação de um projecto desta magnitude, mas também não somos de opinião que cruzemos os braços e sejamos sucumbidos pelo arrependido de não termos tentado.