Serviço de moto-táxi por aplicativo móvel da empresa holandesa Bob Eco, a concorrente dos moto-taxistas proibidos de circular nas principais vias já funciona em Luanda desde Maio deste ano e têm a previsão de até o final de 2023 alargar para mil motos
São 150 Bob Eco (motos eléctricas) para serviço de táxi por aplicativo móvel, que nesta altura estão ligadas à Kubinga, mas que, a curto prazo, estarão disponíveis noutras plataformas que operam na capital.
Se correr bem, o projecto pode chegar a 4.000 motos e o fabricante poderá montar uma fábrica em Luanda. O Bob Eco é um serviço de moto-táxi com motociclos eléctricos.
É uma espécie de “Uber das motos”, um conceito, que já existe noutros países africanos, citamos o exemplo do Senegal. Chegou a Angola com as primeiras 150 unidades a funcionar em Luanda desde Maio de 2023, tendo como objectivo aumentar as opções de mobilidade e fomentar o auto emprego. A empresa luta contra os danos ambientais por isso vem produzindo veículos que não queimam combustível, ou seja, eléctricos, entre carros, motos e até bicicletas.
A operação vai ser igual a um serviço de táxi, ou seja, através do aplicativo o cliente vai chamar a moto. As tarifas das corridas vão ser calculadas pelo aplicativo a que estiver associado.
Inicialmente, as motos eléctricas vão começar a operar com o suporte do aplicativo da empresa Kubinga, que já tem um serviço similar, mas para veículos a combustão. Este acordo não é exclusivo, o que vai permitir que os motoristas se cadastrem noutros aplicativos que estão a operar no nosso mercado.
A expectativa é que este ano cheguem mais 850, completando 1.000 motociclos com níveis de poluição zero nesta primeira fase, de acordo com Paulo Narciso, presidente do Fórum Angolano dos Jovens Empreendedores (FAJE), que é a responsável pelo processo de “distribuição” destas unidades.
O investimento é da empresa dos Países Baixos (Holanda, para facilitar), W.G.C Versteeg Holding B.V. do empresário Wilbert Versteeg e o Bob Eco Group, do holandês Bob Ultee. “Os jovens foram escolhidos a dedo. São pessoas que já fizeram o trabalho de moto-táxi e receberam formação adicional, para as próximas unidades, um dos critérios para receber o veículo é estar associado ao FAJE”, explica Paulo Narciso ao Expansão.
Os motoristas da Bob Eco vão pagar à empresa 4.500 Kz/dia, 135 mil Kz em cada mês para terem a pose do motociclo e serem autónomos na sua gestão. O contrato prevê que estes são responsáveis por escolher os serviços e as zonas onde vão actuar.
Quando o número aumentar serão fortes concorrentes dos moto-taxistas tradicionais, que não são poucos. Entretanto, o serviço de moto-táxi tradicional (os habituais moto-taxistas que conhecemos) estão proibidos nas principais artérias da cidade de Luanda alegando como motivos o maior número de acidentes provocados pra classe de moto-táxi tradicional, com o GPL começando com a sensibilização apelando maior responsabilidade.