Angola foi suspensa pela Agência Mundial Antidopagem (WADA – sigla em inglês) por incumprimento nos prazos para a confirmação da sua lei desportiva em função dos estatutos daquela organização internacional.
Um documento da WADA enviado ao Comité Olímpico Angolano (COA), tornado público este sábado, dá conta que o país perdeu os privilégios até à sua reintegração.
Enquanto isso, os representantes de Angola serão inelegíveis para ocupar cargos, desempenhar qualquer função como membro do conselho ou comité do organismo.
De acordo com o documento a que a ANGOP teve acesso, o COA não será elegível para acolher qualquer evento organizado ou co-organizado pela WADA.
A comunicação explica que em 22 de Setembro de 2023, a Agência Mundial Antidopagem emitiu um comunicado dando conta da inconformidade por parte de Angola, conferindo mais quatro meses para corrigir as situações pendentes.
Porém, o prazo de 22 de janeiro de 2024 decorreu sem que as não conformidades tivessem sido corrigidas a contento e nem mesmo Angola contestou as alegações de incumprimento, conforme o comunicado.
Recorde-se, a pedido com carácter de urgência pelo Executivo, a proposta de Lei sobre Antidopagem no Desporto em Angola foi sexta-feira (16) aprovada na especialidade e por unanimidade, pelos deputados à Assembleia Nacional (AN).
Com os votos favoráveis dos partidos políticos da “Casa das Leis”, o diploma legislativo, de iniciativa do Governo angolano, vai, no dia 28 de Fevereiro, à votação final global na plenária da Assembleia Nacional.
O documento, que começou a ser discutido, na generalidade, no início deste mês, na 3ª Reunião Extraordinária da 2ª Sessão Legislativa da V Legislatura da Assembleia Nacional, visa harmonizar o regime jurídico da luta antidopagem no desporto nacional à Convenção Internacional contra Dopagem e ao Código Mundial com a legislação ordinária em vigor.
Estes factos ocorrem numa altura em que se aproximam os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris, onde Angola tem sido um concorrente activo.