A dificuldade da mobilidade em Luanda- Camila Victorino

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Luanda, apresenta uma dificuldade de mobilidade urbana faz muito tempo, agora, com a subida dos preços dos transportes quer sejam públicos ou privados, a vida do pacato cidadão vai piorar mais ainda.

Aliás, criou-se, vários programas e planos para melhorar a mobilidade, esses planos são implementados desde 2001, ano em que o Estado permitiu a entrada de operadores privados no serviço de transportes públicos colectivos, para reforçar a capacidade de mobilidade na Capital, mas até ao momento, o dilema continua. Comboios e catamarãs foram pensados e implementados, mas o problema dos engarrafamentos continuam nas principais avenidas da cidade velha, principalmente em horário de ponta (das 06H00 as 08H30 e das 15H00 as 18H30). E todos esses programas falharam.

Com uma frota de apenas pouco menos de 1000 autocarros urbanos, o transporte clandestino feito pelos taxistas e moto taxistas é a opção mais usada por quem não tem carro próprio e tem um salário acima do mínimo!Angola é um país que enfrenta sérios problemas de mobilidade. Na mais populosa província do país, Luanda, existe uma frota de 1000 e poucos autocarros urbanos, que circulam principalmente nas regiões centrais.

Nos horários de pontas, as paragens costumam ficar abarrotados de passageiros.

Quem domina as ruas, porém, são os chamados candongueiros, os famosos azuis e brancos, que funcionam mais ou menos, mas com a vida cada vez mais apertada, fica difícil andar com de táxi particular.

Há também o transporte ferroviário de passageiros que não atinge metade da parte de Luanda.

No centro de Luanda, há vias novas e bem conservadas, como a marginal da Baía de Luanda, mas ainda existem muitas ruas de terra, boa parte em más condições e parece que o governo esqueceu-se dessas vias.

É raro notar a presença de semáforos, que se concentram nos locais recém-requalificados e mesmo nas centralidades os semáforos não funcionam. Os congestionamentos são comuns, principalmente nos horários de pico, o governo provincial de Luanda anda impávido nessa toda situação. Há uma escassez de transporte público e o silêncio do Governador provincial de Luanda e do Ministro dos transportes, são provas da conivência com o sofrimento do povo.

A província de Luanda tem de seis milhões a sete milhões de habitantes, enquanto no município de mesmo nome, a capital do país, vivem cerca de 2,5 milhões de pessoas.

Os angolanos costumam andar grandes distâncias a pé e curiosamente, apesar dos problemas de locomoção e da topografia favorável, o uso das bicicletas não custumeiro. Precisamos agora, forçar o governo a rever os preços dos transportes públicos, a subvenção deve continuar, o Estado não pode abster-se das suas responsabilidades.A falta de transporte público. Somente em Luanda, temos um déficit de 3 mil a dois mil autocarros. Percebemos que introduzir esses 3 mil veículos novos na rede de transporte seria um erro, porque não poderíamos atender os estudantes, o que era o objetivo principal do programa.

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